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PRAZER de olhar e ver –

o estremecimento elétrico na anca do cavalo;

essa energia centrada em passarinho a saltar

verticalmente – tiziu! tiziu!;

a verdura no canavial com a estrumeira fumegando;

onde cachoeirava e as lontras, vulgo cachorro-d'água

vinham, não vêm mais, se banhar;

o leve beija-flor, dardo emplumado;

tesouras, tesouras– e o pontilhado delas lá na ogiva

anil do céu...

 

 

LOUVOR ao licor no cálice!

Louvor ao vinho no copo!

Louvor à caninha da terra;

                     dois dedos na caneca de plástico

             ou no caneco de louça a bem-medida golada.

Louvor dos louvores à água

             a água bebida à concha da mão

em cuia ou cabaça

água de moringa de barro na sombra

                ao término da ensolarada caminhada...

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