Xavier Placer
IV
HASTEIO a flâmula – um hóspede me bate à porta. É
um amigo.
Enquanto o amigo estiver, a flâmula branca desfraldará.
Nossos rostos se encontrarão no abraço. Do companheiro
ouvirei seus novos saberes, a última descoberta de pensamento
ou beleza; saberei da ação desinteressada que praticou.
Então ele se calará para escutar.
Quando partir esta tarde, amanhã ou qualquer dia, irei
sozinho, por dentro um pouco triste, baixar a flâmula branca.
( Quedará, na distância, o recurso das cartas, cartas de
ler e guardar )
"...E ÀS VEZES, lá, a Cidade dos espigões, do técnico e do trabalhador, para além destas vertentes, de invisíveis me parece irreal."
Considerei, amigo, o que escreveste
De viva voz conversaremos. Mas atenta: é aqui também que o homem joga a vida por uma ideia. Aquele que pensa, sofre da má consciência. É aqui que a luta prepara o tempo novo. Adeus. Cumprimenta os teus. E espera-me.
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