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IV

HASTEIO a flâmula – um hóspede me bate à porta. É

um amigo.

Enquanto o amigo estiver, a flâmula branca desfraldará.

Nossos rostos se encontrarão no abraço. Do companheiro

ouvirei seus novos saberes, a última descoberta de pensamento

ou beleza; saberei da ação desinteressada que praticou.

Então ele se calará para escutar.

Quando partir esta tarde, amanhã ou qualquer dia, irei

sozinho, por dentro um pouco triste, baixar a flâmula branca.

( Quedará, na distância, o recurso das cartas, cartas de

ler e guardar )

 

 

"...E  ÀS VEZES, lá, a Cidade dos espigões, do técnico e do trabalhador, para além destas vertentes, de invisíveis me parece irreal."

Considerei, amigo, o que escreveste

       De viva voz conversaremos.  Mas  atenta: é aqui também que o homem joga a vida por uma ideia. Aquele que pensa, sofre da má consciência. É aqui que a luta prepara o tempo novo. Adeus. Cumprimenta os teus. E espera-me.

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