top of page
XXVI
 
 
ALIGRAMA

cHEGUEI. É noite. Acidentada viagem. Nem um ser de carne-osso. Sombra sequer. Se eu gritasse, eco devolveria minha voz.

      Mas não estou só. Mesmo porque há os elementos. Ouço mar trabalhando. Ouço vento nas palmas. Ouço mar trabalhando e seu clamor.

      Assim é, queridos. Segue carta e detalhes. Menino, tinha medo escuro, me sentia sozinho. Preciso foi meses, anos, eu descobrisse dicionário diferença certas palavras.

         Insulado, não estou, medo não tenho. Nesta Ilha que é grande, pressinto floração ausências germinarem sem estrépito, presenças se tornar. Rosto apontasse na janela, iria até ele: “Entra, amigo.”

        Ilha, Ilha de Páscoa, ó Solidão habitada pelo Amor ! Aqui, agora, todas as coisas rigorosamente certas, e nós – nós, os humanos – imortais.

 

Pag

 28/37

cmp

bottom of page