Xavier Placer
XXVI
ALIGRAMA
cHEGUEI. É noite. Acidentada viagem. Nem um ser de carne-osso. Sombra sequer. Se eu gritasse, eco devolveria minha voz.
Mas não estou só. Mesmo porque há os elementos. Ouço mar trabalhando. Ouço vento nas palmas. Ouço mar trabalhando e seu clamor.
Assim é, queridos. Segue carta e detalhes. Menino, tinha medo escuro, me sentia sozinho. Preciso foi meses, anos, eu descobrisse dicionário diferença certas palavras.
Insulado, não estou, medo não tenho. Nesta Ilha que é grande, pressinto floração ausências germinarem sem estrépito, presenças se tornar. Rosto apontasse na janela, iria até ele: “Entra, amigo.”
Ilha, Ilha de Páscoa, ó Solidão habitada pelo Amor ! Aqui, agora, todas as coisas rigorosamente certas, e nós – nós, os humanos – imortais.
Pag
28/37
