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      XVIII

 

D O   A M O R

 

 

 ERA a véspera das núpcias da mais moça. As jovens irmãs falavam e riam na sala em reboliço, enquanto as mãos retalhavam o linho que iria alvejar no leito conjugal.

     Num momento, alguém entrou e abriu a janela. A luz da lua, languidamente pálida, envolveu num halo rostos e retalhos.

     Houve  um  repentino  silêncio, flor que tomba, e as três mulheres se entreolharam.

      Depois, à meia voz, a primeira disse:

  "Eu o amo porque ele é sábio. Ele possui o conhecimento de todas as coisas. Como é doce ouvir as palavras de seus lábios!"

     "Eu o amo - disse a outra - porque ele é delicado e bom e me ama, oh, como me ama o meu amado!"

       Disse por último a virgem noiva:

      "Eu o amo e o amarei sempre, perdidamente, porque em seus braços fortes eu sou uma escrava submissa de seus beijos".

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