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Xavier Placer
III
R O M A N E S C O
COMO eram altas as muralhas! A vida ficava para além das muralhas, e era toda mistérios, a vida.
Mas impossível, de tão bela, impossível!
Vieram outros dias, lentos, tão lentos, e enfim ele pôde tocá-la de perto, dessedentar-se nela, exauri-la.
Culpa de suas mãos? Por quê? Por quê? Ela, a vida, era aquilo: podre matéria que se quebrava entre os dedos, tão palpável, palpável demais.
Então ele acolheu-se ali onde havia por acaso uma árvore, e a olhar sem ironia os que seguiam, deixou-se a sonhar a vida - a vida de antigamente.
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