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            III

 

R O M A N E S C O

 

 

 COMO eram altas as muralhas! A vida ficava para além das muralhas, e era toda mistérios, a vida.

     Mas impossível, de tão bela, impossível!

     Vieram outros dias, lentos,  tão lentos, e  enfim  ele pôde tocá-la de perto, dessedentar-se nela, exauri-la.

    Culpa de suas mãos? Por quê? Por quê? Ela, a vida, era aquilo: podre matéria que se quebrava entre os dedos, tão palpável, palpável demais.

    Então  ele  acolheu-se ali onde havia por acaso  uma árvore, e a olhar sem ironia os que seguiam, deixou-se a sonhar a vida - a vida de antigamente.

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