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Xavier Placer
MARIA GRUBBE
Leio, Jacobsen, tua obra-prima
Convivo com Maria, assim lhe digo –
Porque teu coração não mente nunca
Porque sabes apenas ser autêntica
Não se miram teus olhos nos espelhos
Teu existir fiel é um destino
Singular, e tua alma pura um hino
À vida e à paixão, Maria Grubbe
Tu-mesma, a cada instância, não murmuras
Esposa do delfim, pobre barqueira
Vais provando o que há de belo e lúgubre
E, sábia, ao professor e a nós respondes
Naturalmente: Todo homem vive
A própria vida, e morre a própria morte
Pag
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