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III
 
O LIVRO IDEAL

NA JUVENTUDE cuidou que a sabedoria podia condensar-se numa enciclopédia. As bibliotecas? Um excesso, uma afetação.

     Depois pensou que se resolvia o problema (digamos), em três volumes, três levíssimos volumes. 

    Na altura dos quarenta, figurou-se que tudo estaria bem num livro, como a Bíblia. E afinal – velho já – perguntou-se por que não num folheto assim de umas dezesseis folhas? 

     In extremis, uma hora antes de vir o padre, declarou aos familiares que queria falar...         

    “Digam que volto às bibliotecas. Milhares de livros, milhões de formas e dimensões, encadernações, tudo bonito, - mas as páginas, as páginas podem ser em branco.”

 

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