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Xavier Placer
III
O LIVRO IDEAL
NA JUVENTUDE cuidou que a sabedoria podia condensar-se numa enciclopédia. As bibliotecas? Um excesso, uma afetação.
Depois pensou que se resolvia o problema (digamos), em três volumes, três levíssimos volumes.
Na altura dos quarenta, figurou-se que tudo estaria bem num livro, como a Bíblia. E afinal – velho já – perguntou-se por que não num folheto assim de umas dezesseis folhas?
In extremis, uma hora antes de vir o padre, declarou aos familiares que queria falar...
“Digam que volto às bibliotecas. Milhares de livros, milhões de formas e dimensões, encadernações, tudo bonito, - mas as páginas, as páginas podem ser em branco.”
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