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Xavier Placer
VII
SOPROS, sussurros, fonemas indistintos, longe, longe!
Num momento, da mata
zoeira de milhares de torcedores,
na praça de esportes, quando as arquibancadas regurgitam:
CIGARRAS, CIGARRAS, CIGARRAS, CIGARRAS!
PASSAM asas
vestindo o espaço,
Outra após uma, passam asas sem descontinuar.
E o tempo, como se o tempo existisse, parece feito
de segmentos.
Passa a derradeira, o aro se solda.
Hora dos cupins à volta da lâmpada, dos morcegos
repentinos, hora vesperal do ventinho e do mosquito-pólvora,
vez dos eucaliptos ativíssimos.
E sob o odor da folha e flor de eucalipto – linha melódica
menor –o impregnante cheiro do pau-d'alho...
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