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Xavier Placer
XXVII
NOS DESVÃOS salgados dos paredões do mar moram os ratos.
O muro é mudo. Parece que ali nada acontece.
Assim que escurece
saem os ratos em reiteradas excursões
rápidas, saem para aplacar a fome nas dispensações da maré.
No movediço da areia os amantes desalteram outras fomes. A onda espraia.
(amanhã todos os vestígios estarão apagados)
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