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XXVII

NOS DESVÃOS salgados dos paredões do mar moram os ratos.

           O muro é mudo. Parece que ali nada acontece.

           Assim que escurece

                        saem os ratos em reiteradas excursões

rápidas, saem para aplacar a fome nas dispensações da maré.

       No movediço da areia os amantes desalteram outras fomes. A onda espraia.

           (amanhã todos os vestígios estarão apagados)

 

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