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LÍDICE

                             a Maria de Lourdes Miranda

 

 

E um dia implodiram-se as muralhas

Os olhos, de repente, viram o mundo

Tal-qual o mundo é. E não mais como

O vemos na aparência, na rotina

 

 

Num setembro, e é ali Terra de Lídice

Novou-se, de verdade, o coração

Assim na confiança, e na estima

O descobre a criança, o vê o santo

 

 

Nesta margem e tempo não-ganhados

Em arena e areia conquistados,

A magnificar o gesto de homem

Para sempre se alteia outra reália - 

 

 

Ó torre de abundância, de fulgores!

Onde a Hora e o Eterno dão-se as mãos

 

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