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AO SONETO

                             a Maria & A.B.M. Cadaxa

 

 

         Perdão Soneto se eu antigamente

Estranho ou surdo a tão alta linhagem

Te desdenhei. Agora sei. Desmente

Agora aquele gesto esta homenagem

 

 

Ao tocar as colunas desse templo

De rigorosa linha e descoberta

Embora tarde venha, venho a tempo

Com o dileto entusiasmo de poeta

 

 

Quero, fiel aos catorze, pouco à rima

E ao friso liso de ouro, à sóbria clave

Gostar o vinho novo da vindima

 

 

– Ó edifício belo, ascese pura

Para o lúdico voo, para o grave

Pensamento e a mais clara arquitetura

 

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