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Xavier Placer
A LANTERNA
Há chuva e nevoeiro. Homem colhido
No tempo, torna às cegas por atalho
Qualquer. A água enreda, a água pesa
Obliquamente a vergastar seu rosto
Há nevoeiro e chuva. Do oceano
(Que não se vê) escuta-se o guaiar
Tormenta em grossas rajadas o endura
Bolha de escuma e escória na derrota
Há chuva e nevoeiro. Lá no extremo
Ermo - um halo de lanterna! Alenta-o
Aquele rumo... Apaga-se a lanterna
Há nevoeiro e chuva. Homem sozinho
Torna sobre seus passos sem destino
Há chuva. Há nevoeiro. Há descaminho
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