top of page
XIV
 
FLASHES

NA TORRE gótica o carrilhão alivia-se das horas, - pelo interstício dos verdes ressoam os sons longos...

 

     Uma calça listrada cruza a ponte; a móvel mancha mira-se no trêmulo da água, onde boia um papel amarrotado.

 

      No degrau alto da escadaria oficial a pomba branca em coturnos vermelho desfila. É uma leide na passarela.

 

      Luz na vidraça. Manhã! Manhã! Já não é ele. Só a aparência do outro – o real – que o sonho esposava.

 

     Quis olhar o mundo por Aqueles Olhos; quando foi olhar, viu o mundo embaçado, - não eram o cristal que ele inventara.

 

Pag

 16/30

cmp

bottom of page