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IX
 
SOBRE CÃES

VÊM do fundo da latinidade, do Liber IV, de Lucretius, do De Natura Rerum...

       Vêm  do  esplim  dos  poemas  em  prosa  de Baudelaire, que os chama bons e se inquieta pelos vaivéns desses “filósofos de quatro patas” a vagar pelas ruas.

          “ – Où vont les chiens?”

          Vêm das páginas das novelas russas, encharcadas de piedade, onde guias de um velho e seu bastão, atendem literariamente por Azor, Azor!

       Estão  em nossa imaginação de menino, ligados pelos vínculos de Vênus, espetáculo às primeiras curiosidades...

         Estão atravessando as praças e pontes de toda a parte, orelhas à escuta;

       e agora, vinte e duas horas, lá no mirador das estrelas – Constelação do Cão Maior – luminariamente sobre nossas cabeças...

 

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