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VIII
 
FERRO-VELHO

É A SUGERIR restos de escombros, uma pirâmide de obsoletos, pobres objetos que tiveram sua hora, agora enfeRRujados, seCOS, INodoros, INsípidos, jubilados: bons para nada.

     A sucata atulha o espaço até o teto, vagalhão que avassalando e avassalando só consente ao velho – o quê?  a problemática margem junto à porta.

       Se espraiará em seguida para fora?

       O único que não pergunta é o velho, estéril oficiante do morto culto.

       Lá está, o cão em dormição, aos pés. Fuma e olha.

      A mulher morreu. Os acólitos fugiram. Ficou ele só. O velho e o cão.

       Silencia, e cumpre ritos ao pretérito.

 

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