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Xavier Placer
O TEMPO NO PÁTIO
O TEMPO se aninha nos canteiros
Se concentra na cor de cada flor
O tempo mora sob os arbustos
O tempo no pátio, ao meio dia
É colocar à margem todos
aqui, os cuidados trazidos
e um homem toca com as mãos
o corpo visível do tempo
Que dormita nítido no círculo
do tanque, esquecido de escorrer
e por um pouco desperta
se um pássaro vem beber
mas de-novo de-novo recomeça
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