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VI

FOLHAS,  folhas pelo ar.

       Caem,

                  trêmulo ziguezague de graciosa geometria,

caem as folhas.

       A hora é cálida - a delícia de

                  enquanto sem relógio flui a hora,

calar e aguçar o ouvido pro estalo plaque! plaque! plaque!

das vagens secas do sombreiro...

 

HOMEM estirado à aragem, sob copas, mãos ociosas

cruzadas à nuca, uma festa de gráficos caprichos acolho nos

olhos. 

O entrelaçamento dos galhos - riscos de nanquim - começa,

cruzam-se, labirintam para o desconhecido. A folhada

nova ornamenta a trama iluminada. E a erva parasita,

trazida pelo pássaro, porfia por calafetar cada rasgão no

verde. Furos de luz - e, num ponto, o olho brilhante do Sol!

O diagrama se repete em negativo, sobre mim, centro de toda

esta ordem-desordem.

 

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