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Xavier Placer
HAN FOOK
Com o mestre do Verbo perfeito
aprendeu o alaúde e a flauta,
muito mais dos silêncios do velho.
Duas vezes fugiu;
desertou aquele homem; duvidou de si;
retomou
e aprendeu dele a arte
de pôr nos versos o que é poesia
só poesia, mais nada.
Quando baixou da montanha,
os seus e a noiva já haviam morrido.
Na festa das lanternas do rio,
essa noite,
Han Fook disse ao alaúde os seus poemas
e cada ouvinte pensava com alegria ou paixão
no que amava ou aborrecia
– tudo dentro de Han Fook era canto.
recortado de um conto - O Poeta -
de Hermann Hesse.
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