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Xavier Placer
AS TEINHAS
Pelo aí
há muitos eventos que ninguém repara.
Vêem-se amanhecidas em qualquer estação
teínhas de aracnídeos no gramado.
São ócios dos dedos noturnos do orvalho,
pequeninas redes finas, alvas,
touquinhas de criança recém-nata,
feitas em algodão de fibra curta.
Que se vão dissipando, assim que o Sol
mostra pressa de se pôr ao alto –
porém não tão depressa: têm
a resistência das frágeis, gráceis coisas.
véspera de coisas, ou coisas! - a soerguer
da sucata ao poema.
Do livro - SIM - do autor.
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