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IX
 
 
THE RIGHT MAN IN THE RIGHT PLACE

TINHA SIDO  um grande escritor. Nas obras que deixara, a psique da nacionalidade – expressão de um crítico – refletia-se com meridiana realidade.

          No dia seguinte à sua morte os amigos começaram a endeusá-lo. Veio logo a estátua na praça – de corpo inteiro, segurando um livro – inaugurada com flashs de eloquência.

        Entretanto  o  grande escritor fora  uma criatura  irônica, desdenhosa do público, de gloríolas. E não seria post mortem que deveria desmentir-se e à sua obra.

      Foi o caso que, um dia, na praça, transeuntes estupefatos viram o homem de estátua baixar do pedestal e, sem pressa mas resoluto, ir atirar-se ao mar.

      Sem demora, para aproveitar o pedestal vazio, empoleiraram ali um vereador.

 

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