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III

AFASTEMO-NOS, se queres, deste humano mar!

Afastemo-nos, se queres, deste demasiado humano mar!

 

 

 

 

 

2

 

                          POR vontade –

que os elementos nos levem por essa solidão sem trilhas

de   águas   águas   águas   águas   águas

pro maralto de virgens ilhas, primitivo arvoredo, onde

    ininterruptas ondas marulham noitedia

pra ninguém

 

É lá que a procelaria aninha nos rochedos

Não é lá que te sonhas quando a náusea te açoita?

 

Lá, nos confins, rege e manda Oceano-rei

Aplaca, se lhe apraz, as fúrias enviando cem alegres golfinhos

 

Que pra sequestrar do canto das serenusas os companheiros

o solene Ulisses calafeta de cera seus ouvidos

faz-se, ele-próprio, com fortes cordas amarrar ao mastro

 

Lá (não o tornei presente?) é desde sempre

                                  o mar-maravilha azul

                                                                          de Homero

 

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