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No dia em que o escritor morreu, veio muita gente, doutores,

moças, estudantes, jornalistas, todos queriam saber do Jovenal

como era o patrão.

E Jovenal disse:

Mas que levava flores para certa mulher; mas que entregava cartas

pra outra; mas que lhe desenguiçava a fita da máquina, isso

Jovenal não disse. Nem que, um tanto tocado como sempre, 

falava pro grande homem: "– É isso, meu ga-ro-to ner-vo-so!",

e o doutor ria, lhe batia no ombro e punha uma nota no bolso.

E porque levara o patrãozinho à Escola, bebeu naquele dia mais

que nos outros dias, foi intratável, e Jovenal chorava.

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