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Xavier Placer
No dia em que o escritor morreu, veio muita gente, doutores,
moças, estudantes, jornalistas, todos queriam saber do Jovenal
como era o patrão.
E Jovenal disse:
Mas que levava flores para certa mulher; mas que entregava cartas
pra outra; mas que lhe desenguiçava a fita da máquina, isso
Jovenal não disse. Nem que, um tanto tocado como sempre,
falava pro grande homem: "– É isso, meu ga-ro-to ner-vo-so!",
e o doutor ria, lhe batia no ombro e punha uma nota no bolso.
E porque levara o patrãozinho à Escola, bebeu naquele dia mais
que nos outros dias, foi intratável, e Jovenal chorava.
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