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"...Pudesse recomeçar! Passar a limpo! Raimunda, traze o uísque! 

Ser outro...Desembarquei no coroá brandindo um original, outros dentro da mala. Droga de som! Fiz sonetos, teatro, jornalismo, ensaio, trocadilhos. Raimunda, ó Raimunda! Aos trinta deputado, trinta e cinco ministro. Hoje, aos quarenta, sento numa poltrona azul da Academia. Droga, desliga esse som! Ah, confrades, que tem isto e aquilo com a Literatura? Eu digo: Li-te-ra-tu-ra, idiotas! Nada. Nada Nada. Atores! Fingidores! Meu fardão d'imortal pelo oiro de um verso! Quem bate? Será a Musa? Quem? Eu queria... Queria – oi, mais gelo! – era compor um verso, um belo verso só! para nin...guém."

 

 

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