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NESTE Memorial o apuramento da forma solicita mais que o ler, o reler, lúcidos.

 

Principalmente solicita a função memorialis, suma visão de estesia, de inteligência daquele que lê.

 

Aqui o verso é gênese da palavra; e a palavra é o signo em viagem (melhor diria, o timbre), subitamente convocado da langue para cumprir novo destino.

 

É o poeta consciente do seu fazer. Os poemas são emblemas, como lavrados na verticalidade ou na horizontalidade dos brasões. As estrofes sugerem: o gole (valor, atrevimento); o blau (louvor, justiça); a sinople (amizade, honra) e o sable - aflição, dor, sageza ...

 

Memorial, de escritor eqüidistante, imprime  o lucidus ordo na poesia brasileira.

 

HUGO TAVARES

XAVIER PLACER a seguir de Minipoemas e Elos/Eros comparece com Memorial: monumento (em palavras) de louvor, lembrança, homenagem, túmulos.

 

Os escólios ao pé de cada unidade - precedidos pelo título do poema - não revestem intenção de legenda em pintura, suporte explicativo

 

Digo que enquanto o poema flutua acima do centro geométrico da página, os escólios, na linha baixa ou plataforma, colaboram com alusões, num quase murmúrio

 

Assim, e breves. O que quer dizer: não dispensam, antes motivam, a curiosidade perceptiva e as associações do leitor-participante.

 

Vinte e cinco poemas só, em quatro cadernos, onde se fala de - gente, animal, flor, livro e suas multivalências.

                         

ORELHAS 

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