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        PELO RASGO  noturno da mansarda

o olhar se queima na planície hispânica

e o solitário homem, consumada derrota de muitos

dias: vivo!  cego ao juro e usura, fiel  sempre,

sopra com sua idéia a sombra  nítida

do engenioso Cavaleiro

                                  Escudo e lança

    carga-pluma sobre a fraca montaria

entre o céu a ocidente, o pardo chão mais o escudeiro,

a mente em sua dama, por um mundo saciado

oh mundo às gargalhadas, que os serviços lhe dispensa

funda num-só a imagem do Homem e Herói - este

        quando Europa for inteira um deserto

        areal e a Cristandade lenda, o Livro

 

 

 

 

À MARGEM DE CERVANTES

"...livro comparável a uma extensão de água que qualquer menino atravessaria, e na qual o mais atilado filósofo, para não soçobrar, vê-se obrigado a nadar."  K. Vossler

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