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Xavier Placer
O PEIXE
NA HORA oval
– tranquila laguna –
é um vidro o mar
Lâmina de prata
espada de lua
súbito espadana
um peixe, e mergulha
Os olhos atônitos:
foi? é? ou nada?
Sem rosa-dos-ventos
queimadas as naves
interpelo os céus
Peixe tarde águas
há de perder tudo
quanto o dia deu?
Ou terei com a treva
astros onde ler
a última ciência?
O mar ignora
que reflete a imagem
de alguém à margem
A noite quer vir
não contesta a hora:
a tarde entardece
e em seu elemento
já navega o peixe
UM HOMEM SE CALA
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