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o poeta veste o poema

 

   Oculta no branco

flui  a  linha  d'água

brasão

do espaço-papel

 

 

Torre de alta tensão

a mão se apressa,

a urgente imagem

veste a nua. Não vá

seu pudor pela rua

 

 

Aqui o poema. –   Carne

sem mistério e sêmea não:

distorcida face

( o verbo, ainda aresta )

no prisma partido

 

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