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O BUQUINISTA

É um volume rendado pelo inseto,

falto de errata fólios colofão,

comprado só por vício

                                    de grisalho buquinista.

Deixa o sebo. Na rua, de-repente

vê: Fez um mau negócio!

Culpa cheio de raiva

                 o mercador, a si, o Universo.

Confere em casa:

tem, encadernada a edição

– e descarta, pela janela, a duplicata.

Ah! encontrou a nova forma

de crítica literária, – e

fuma ao nariz dos deuses fino cigarrilos.

je fume au nez des dieux des fines cigarrettes.

Laforgue: Le Sanglot de la Terre.

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