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A POESIA

Belo, belo é o que inexiste.

A poesia tem seu castelo

com lustres e corredores.

Amante demente, chame-se

escuridade arabescos

ou fantasia tirânica.

E nega-se toda a recursos

habituais do discurso.

Ferrugem de vinho entornado

no linho da toalha limpa,

como lhe ardem os olhos!

Condição para haver poema ?

Pois que não haja poema,

no princípio era o caos.

Fragmentos de mundo imperem,

prelúdios em dissonância,

ausências tensão xadrez,

nunca o espelho do real.

versos quase didáticos

des-mareados por um náufrago.

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