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Xavier Placer
A POESIA
Belo, belo é o que inexiste.
A poesia tem seu castelo
com lustres e corredores.
Amante demente, chame-se
escuridade arabescos
ou fantasia tirânica.
E nega-se toda a recursos
habituais do discurso.
Ferrugem de vinho entornado
no linho da toalha limpa,
como lhe ardem os olhos!
Condição para haver poema ?
Pois que não haja poema,
no princípio era o caos.
Fragmentos de mundo imperem,
prelúdios em dissonância,
ausências tensão xadrez,
nunca o espelho do real.
versos quase didáticos
des-mareados por um náufrago.
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